A Prefeitura de Cuiabá suspendeu o contrato com a empresa responsável pelo preparo das refeições nos hospitais, após denúncias apontarem alimentos com insetos e falta de higiene no preparo das comidas. A prestadora recorreu e pediu ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) para anular a suspensão, mas o conselheiro Valter Albano decidiu manter o cancelamento do contrato.
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A presença dos insetos nas refeições foi comprovado por fotos e vídeos que um servidor da Empresa Cuiabana de Saúde Pública repassou ao TCE. Junto às imagens, no dia 15 de dezembro, foi anexado uma notificação à empresa para a suspensão do contrato a partir do dia 23 de dezembro.
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A empresa recorreu dessa suspensão, pedindo que ela fosse anulada, pois o prazo dado para o desligamento das atividades prestadas teria sido de apenas uma semana. O curto período, segundo a prestadora, causaria sérios prejuízos a ela, pois teria que dispensar os colaboradores.
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Em contrapartida, a Empresa Cuiabana de Saúde Pública afirmou que precisou encerrar o contrato de forma imediata para manter a integridade dos pacientes, devido às denúncias sobre a má qualidade dos alimentos.
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O conselheiro do TCE reconheceu as irregularidades e não aceitou o pedido de anulação feito pela empresa. Nos últimos seis anos a empresa faturou mais de R$ 10 milhões com a prestação de serviços para a prefeitura de Cuiabá.
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A saúde pública da capital passa por um momento delicado. No dia 28 de dezembro, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso determinou intervenção do estado na Saúde de Cuiabá, atendendo a um pedido do Ministério Público Estadual.
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O governador Mauro Mendes nomeou como interventor o procurador do Estado Hugo Fellipe Lima, que assumiu a função no dia 29 de dezembro. O período da intervenção é de 6 meses ou até que sejam cumpridos os quesitos previstos na representação proposta pelo MP.
’Pior momento na saúde de Cuiabá’
Ao menos quatro depoimentos de servidores denunciaram um cenário como o pior momento da saúde do município, inclusive com mortes registradas. As denúncias resultaram em uma vistoria no Centro de Distribuição de Medicamentos e Insumos de Cuiabá (CDMIC), a pedido do Ministério Público.
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A secretaria informou que comprou 1,6 milhão de comprimidos de dipirona após servidores e médicos relatarem falta do medicamento para pacientes em Unidades de Prontos Atendimento (UPAs) e hospitais da capital.
Reprodução g1 MT